Situação política na Catalunha permanece indefinida

Internacional

Publicado em 28/12/2017 - 11:39 Por Marieta Cazarré - Lisboa

Após as eleições do dia 21 de dezembro, o cenário político na Catalunha não ficou resolvido. De um lado está o partido Ciudadanos, que é contra a independência da região e foi o mais votado. De outro lado, os separatistas, que conquistaram maioria no parlamento e terão o direito de indicar o novo presidente.


Hoje, membros do partido Ciudadanos solicitam o direito de ocupar a presidência do parlamento. Eles argumentam que foram os mais votados e que conquistaram, sozinhos, 37 dos 135 assentos do parlamento.


No entanto, três partidos separatistas conseguiram conquistar maioria e têm o direito a indicar o novo presidente.


Carles Puigdemont, expresidente da comunidade autônoma, que foi destituído pelo governo espanhol após a tentativa de independência, pode ser o indicado para assumir o cargo.


No entanto, Puigdemont refugiou-se em Bruxelas no dia 1º de novembro e apesar de afirmar que voltaria à Espanha para assumir o posto, ainda não o fez. Caso volte à Espanha deve ser detido, pois há vigente no país um pedido de prisão contra ele.


O partido Ciudadanos defende que os separatistas não conseguirão formar governo por uma "questão de aritmética" e afirmam que o mais democrático seria que o presidente fosse do próprio partido.


A segunda opção dos separatistas, a princípio, seria Oriol Junqueras, líder do partido Esquerda Republicana da Catalunha. Junqueras está preso preventivamente e aguarda julgamento pelos crimes de insurreição e rebelião, entre outros.


O partido de Puigdemont, Junts pela Catalunha, anunciou uma proposta pouco usual: a posse à distância. Para isso, seria necessária uma reforma no regimento do Parlamento catalão. No entanto, essa alternativa não será simples de ser colocada em prática.


Dos 70 assentos conquistados pelos separatistas, três são de candidatos que estão presos na Espanha e cinco são dos políticos autoexilados na Bélgica, entre eles Puigdemont.


A ausência desses políticos nas votações implicaria maior dificuldade em aprovar mudanças no regimento.


Além disso, Puigdemont certamente contará com uma firme oposição do partido Ciudadanos, que já anunciou que não pretende facilitar a governabilidade dos separatistas.

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