Os Estados Unidos vetaram novamente uma resolução no Conselho de Segurança que tratava de possíveis soluções para o conflito entre Israel e Hamas. O texto avaliado na reunião desta terça-feira (20) foi apresentado pela Argélia.
A proposta defendia um cessar-fogo humanitário imediato e a entrada de ajuda assistencial em todo território de Gaza; o fim do deslocamento forçado de palestinos; e a obediências às ordens do Tribunal Internacional de Justiça e ao Direito Internacional Humanitário.
O embaixador da Argélia na ONU, Amar Bendjama, defendeu o fim da violência na região.
"Hoje, todo palestino é alvo de extermínio e genocídio. Deveríamos nos perguntar quantas vidas inocentes devem ser sacrificadas antes que o Conselho considere necessário pedir um cessar-fogo", disse Bendjama.
A embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, anunciou o veto e disse que não é possível considerar um cessar-fogo sem exigir a libertação dos reféns do Hamas. Ela apresentou uma nova proposta de resolução dos Estados Unidos.
"Nosso texto pede um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de todos os reféns serem libertados. Na última vez que verifiquei, ninguém aqui se opõe a isso. A maioria de nós também concorda que é hora deste Conselho condenar o Hamas", disse a embaixadora.
A proposta americana é contra a operação militar terrestre de Israel em Rafah, onde cerca de um milhão e meio de palestinos estão refugiados. Os Estados Unidos, segundo a embaixadora, defende a solução de dois estados, Palestina e Israel, sem que o Hamas possa governar Gaza.