MPE entra com ação contra Crivella por abuso de poder político
O Ministério Público Eleitoral ajuizou ação contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, candidato derrotado à reeleição, sua candidata a vice-prefeita, Andrea Firmo de Araújo, e o servidor municipal Marcos Paulo de Oliveira Luciano por abuso de poder político e por conduta vedada.
A ação é referente ao caso que ficou conhecido como Guardiões do Crivella.
O MPE aponta que, no curso da campanha deste ano, foram constatados atos abusivos com viés político em benefício da candidatura de Crivella e sua vice. Segundo a Promotoria Eleitoral, servidores públicos municipais foram designados para ficar de prontidão em unidades de saúde da cidade para dificultar a realização de matérias jornalísticas. Os servidores foram organizados em grupos de conversa por aplicativo onde recebiam diretrizes.
Os servidores designados recebiam ordens e prestavam contas ao servidor Marcos Paulo de Oliveira Luciano, assessor especial de Crivella e administrador dos grupos.
O MP requer à Justiça o reconhecimento do abuso de poder político e a declaração de inelegibilidade nos oito anos subsequentes à eleição de 2020 em que se verificaram os fatos e cassação do registro ou do diploma além da aplicação de multa.
Em nota, a assessoria de Crivella informa que o grupo denominado Guardiões do Crivella não se prestava a coibir a imprensa. Disse ainda que a ação proposta foi uma representação eleitoral e não uma denúncia, e que não houve notificação judicial para que fossem prestadas informações sobre o caso.
A assessoria de Andrea Firmo de Araújo e a defesa do servidor municipal Marcos Paulo de Oliveira Luciano não foram localizadas até o fechamento da reportagem.




