Dois dias depois da divulgação de uma nova etapa nas investigações sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi claro: após essa “virada de chave” no caso, é hora de adotar um “otimismo moderado”. 
Isso porque a fase de autoria do crime foi confirmada a partir da delação do ex-policial militar Élcio Queiroz, responsável por dirigir o carro que emboscou a vereadora na noite do dia 14 de março de 2018.
Agora é focar nos mandantes do crime. Em quem, de fato, mandou matar Marielle. O ministro, em entrevista à Rádio Nacional, disse que novidades sobre o caso surgirão nas próximas semanas.
Na noite dessa terça-feira (25), Élcio Queiróz foi transferido para o presídio estadual da Papuda, em Brasília. Está, portanto, sob a responsabilidade do governo do Distrito Federal. O ministro disse que esse foi um ponto acertado no acordo de colaboração. E que a preocupação com a segurança é uma constante.
Uma dessas mortes foi a do ex-policial conhecido como Macalé, citado na delação de Élcio. Ele seria o intermediário entre o mandante do crime e os executores. Aliás, sobre as críticas à delação premiada, o ministro fez esclarecimentos.
Inclusive, o ministro lembrou que todos os cuidados estão sendo tomados com relação a essa delação. É a chamada prova de confirmação. O depoimento de Élcio Queiroz acabou resultando também na prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Era ele quem monitorava os passos da vereadora. Suel está preso no presídio federal de Brasília.
