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Meio Ambiente

Ação humana e seca histórica explicam grandes incêndios no Pantanal

Afirmação é de secretários do Meio Ambiente de MT e MS
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Lucas Pordeus León
06/10/2020 - 15:01
Brasília
Teste com retardante para combater incêndios no Pantanal
© 09.09.2020/Mayke Toscano/Secom-MT

A ação dos humanos sobre o meio ambiente e a seca histórica no Pantanal explicam os recordes de incêndios na região, segundo avaliam os secretários de Meio Ambiente tanto do estado de Mato Grosso quanto de Mato Grosso do Sul.

Eles foram ouvidos nesta terça-feira (6) na Comissão Externa da Câmara dos Deputados que avalia as ações dos governos no combate aos incêndios florestais.

O secretário do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, ressaltou que os órgãos de inteligência identificaram que 90% do fogo no Pantanal foi iniciado por pessoas.

O secretário de Meio Ambiente destaca que, em muitos casos, as pessoas colocam o fogo e depois não conseguem mais controlá-lo. Jaime Verruck destacou ainda que, este ano, foi usada a maior estrutura possível no combate aos incêndios.

Já o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alex Sandro Marega, ressaltou que a seca histórica do Pantanal permitiu a propagação maior do fogo.

O secretário de Mato Grosso ressaltou ainda a importância de se punir quem provoca a queimada. Segundo Alex Marega, até setembro deste ano, só os órgãos ambientais do estado já aplicaram mais de R$ 1,1 bilhão em multa, quase o dobro do aplicado em todo o ano passado.

Segundo dados do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, desde janeiro, houve um aumento de 195% no número de focos de calor detectados no Pantanal comparado com o mesmo período de 2019, ultrapassando qualquer outro ano desde o início da série histórica, em 1998. Foram mais de 17 mil focos identificados neste ano contra mais de 5 mil e 900 focos registrados em 2019.

 

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