Deputados do DF priorizam a saúde para recursos de emendas
Publicado em 18/09/2015 - 01:54 Por Sayonara Moreno - Brasília
Trezentos e cinquenta e dois milhões de reais de emendas de deputados distritais serão destinados ao Fundo de Saúde do Distrito Federal. A Lei 627, que prevê esse remanejamento, foi proposta pelo governo do DF e sancionada, simbolicamente, pelo governador Rodrigo Rollemberg, nesta quinta-feira.
Para Rollemberg, a prioridade é garantir a continuidade de serviços básicos na saúde, pelo menos até o fim deste ano.
Para o secretário de Saúde do DF, Fábio Gondim, a decisão vai ajudar a amenizar a situação emergencial em alguns setores da área, mas não resolve todo o problema.
Fruto de um acordo inédito entre o Executivo e o Legislativo do DF, a lei determina que dos R$ 16 milhões que cada um dos 12 deputados reeleitos pode investir em emendas, R$ 12 milhões serão destinados à saúde pública. Os parlamentares em primeiro mandato têm direito a R$ 5 milhões e vão destinar R$ 1 milhão, cada um, para a saúde. Os deputados não reeleitos terão toda a verba remanejada.
A presidenta da Câmara dos Deputados Distrital, deputada Celina Leão, conta que destinou uma parte da própria emenda para o pagamento de horas extras dos servidores da saúde.
Deputado da oposição, Chico Vigilante fez questão de dizer que a aprovação não significa um futuro apoio ao aumento de impostos na casa.
Agora, são 112 emendas destinadas à saúde, para tentar reduzir o déficit do setor, que chega perto dos R$ 900 milhões, segundo o governo.
Com o novo acordo, a verba das emendas vai cobrir cerca de um terço do rombo nas contas da saúde do DF.