Grupos e organizações com diferentes pautas, de diversas localidades e com muitas formas de mobilizações reunidas por uma certeza: “Um outro mundo é possível”.
Esta frase é o lema que marca as edições do Fórum Social Mundial desde 2001, quando ele ocorreu pela primeira vez em Porto Alegre.
Para celebrar 15 anos de história – o Fórum Social Temático começou nesta terça-feira, na capital gaúcha, com a tradicional marcha de abertura que reúne os milhares de participantes do evento em uma caminhada.
O ato percorreu ruas do centro da cidade até o Largo Zumbi dos Palmares, onde teve início a programação cultural.
Cantando palavras de ordem e erguendo bandeiras, a marcha resume bem o propósito do Fórum Social Temático, como explica Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, do Rio Grande do Sul, que integra o comitê organizador local do evento.
Da Paraíba, veio Joana D'Arc Silva, da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).
Com o tema "Paz, Democracia, Direito dos Povos e do Planeta", o Fórum vai debater temas como o conflito entre Israel e Palestina.
Spartacus da Rocha, integrante do Fórum Gaúcho de Solidariedade ao Povo Palestino, destacou que a proposta do grupo é fazer com que os brasileiros tenham mais conhecimento sobre as disputas no Oriente Médio.
Whelton Pimentel, mais conhecido como Leleco, coordenador da União Nacional por Moradia Popular e conselheiro nacional das Cidades, reforçou a pauta por uma reforma urbana.
Além desses movimentos, participam do Fórum Social Temático jovens, LGBTs, população negra e muitas outras organizações que apresentam suas demandas e propostas para a construção de um outro modelo de desenvolvimento para o mundo.
O Fórum também conta com a participação de representantes de governos federal, estaduais e municipal que esperam captar demandas da sociedade civil. A marcha de abertura contou com a presença do ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto.
“Aqui estão os defensores da democracia, da justiça social. Aqui nós encontramos ideias, propostas e compromissos de políticas públicas que transformam o nosso país”, disse.
O ministro participará de debate sobre democracia econômica na quinta-feira (21).