Publicado em 25/11/2016 - 11:18 Por Danyele Soares - Brasília
* Matéria atualizada às 16h28 para complementação de informações.
Após a polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, Geddel Vieira Lima pediu demissão do cargo de ministro da Secretaria de Governo.
Em carta enviada ao presidente Michel Temer, Geddel afirmou que era hora de sair e que esse foi o limite da dor que suportou, se referindo às críticas e ao sofrimento dos familiares dele.
Pediu desculpas às pessoas alcançadas pelo episódio e garantiu que tomou a decisão após profunda reflexão. Completou dizendo que retorna à Bahia, o estado dele, e elogiou Temer, o chamando de sério, ético e afável. E concluiu afirmando que torce para que com o esforço de Temer, os brasileiros tenham um país melhor.
Ao deixar a pasta da Cultura, Calero afirmou que teria sofrido por parte de Geddel para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador, onde Geddel comprou um apartamento.
E, em depoimento à Polícia Federal, Calero reafirmou o caso e acrescentou que foi, nas palavras dele, “enquadrado” por Temer para encontrar uma saída e desembargar a obra.
Mas Temer, por meio de porta-voz, negou que tenha pressionado, disse que apenas tentou resolver o conflito entre Calero e Geddel. Já o ex-ministro da Secretaria de Governo admitiu que conversou com Calero sobre o embargo do Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas negou que tenha feito pressão.
Geddel é o sexto ministro a deixar o governo. Antes dele, saíram Romero Jucá, do Planejamento, Fabiano Silveira, da Transparência, Fábio Medina Osório, da Advocacia-Geral da União, Henrique Eduardo Alves, do Turismo, e Marcelo Calero, da Cultura.