Movimentos contrários e favoráveis a Lula se concentraram o dia inteiro na Esplanada dos Ministérios
Quase 2 mil pessoas estiveram na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (4), segundo números da Polícia Militar. Representantes de movimentos sociais e organizações estavam divididos em dois grupos, em quantidade equivalente: a favor e contrários ao habeas corpus do ex-presidente Lula, que estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início da tarde.
Em frente ao Palácio da Justiça, o movimento Lula Livre defendeu o habeas corpus ao ex-presidente. O argumento é que a prisão de Lula ameaça conquistas trabalhistas e a esquerda brasileira. Para o diretor do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório, esse julgamento é político,
No outro lado da Esplanada, próximos ao Itamaraty, dois grupos protestavam contra a concessão de habeas corpus ao ex-presidente. O Movimento Rua Brasil pedia ao STF a negativa de habeas corpus a Lula, e sua prisão imediata depois disso, como informou uma das coordenadoras do movimento, Ráy Alves.
Outro grupo, dos ruralistas, juntou-se ao Rua Brasil, mas seus integrantes vieram a Brasília por outro motivo: protestar contra a reedição do Funrural, imposto que estava extinto desde 2010 e foi revalidado neste ano pelo próprio STF. Quem explicou a quetão foi Fábio Brancato, presidente do Sindicato Rural do Alto Noroeste, interior de São Paulo.
Apesar de sustentar opiniões diferentes em relação ao ex-presidente Lula, prós e contras se uniram nas críticas ao STF, concordando que a morosidade no julgamento do habeas corpus transmite insegurança jurídica ao país.