Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, a procuradora-geral da república, Raquel Dodge, explicou os motivos que a levaram a pedir a prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
Dogde sustentou que a investigação identificou infrações graves em curso, que precisavam ser impedidas pelas prisões para preservar, segundo ela, a ordem pública.
Outro argumento usado é o de que o esquema de corrupção iniciado com o ex-governador Sérgio Cabral, atualmente preso, teria continuado sob a liderança de Pezão, como destacou o procurador regional do Ministério Público do Rio, Leonardo de Freitas.
O Ministério Público diz ter provas de que o dinheiro foi repassado aos investigados, mas não sabe onde esse recurso foi parar, o que demonstraria, segundo os investigadores, que há ocultação de bens.
Pezão foi preso com base em delação premiada que denunciou um esquema de pagamento de propinas ligado a contratos com o governo, principalmente no setor de transporte, envolvendo empresas privadas.