Em pronunciamento, Bolsonaro volta a defender uso da cloroquina contra Covid-19
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite dessa quarta-feira. Foi o quinto pronunciamento em pouco mais de um mês para comentar a pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro se solidarizou com as famílias das vítimas da Covid 19.
"Gostaria, antes de mais nada, de me solidarizar com as famílias que perderam entes queridos nessa guerra que estamos enfrentando".
O presidente destacou o esforço financeiro do governo federal para ajudar empresários e trabalhadores e pediu que os políticos trabalhem unidos.
"Sempre afirmei que tínhamos dois problemas a resolver: o vírus e o desemprego, que deviam ser tratados simultaneamente. Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua durabilidade e duração. Espero que, brevemente, saiamos juntos e mais fortes para que possamos melhor desenvolver o nosso país".
Mesmo com o apelo de Jair Bolsonaro, uma decisão liminar, provisória, do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, impede que o governo federal contrarie medidas de isolamento adotadas por estados e municípios. A ação, que ainda será julgada pelo plenário do Supremo, é movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Ainda no pronunciamento, o presidente voltou a defender o uso da cloroquina para enfrentar os efeitos do novo coronavírus.
"Após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de estados de outros países, passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial. Fruto da minha conversa direta com o primeiro-ministro da Índia, vamos receber até sábado matéria prima para continuarmos produzindo a hidroxicloroquina".
Ao encerrar o discurso, Jair Bolsonaro citou a Bíblia e desejou Feliz Páscoa.