Apesar das críticas que tem feito à política monetária adotada pelo Banco Central, o presidente Lula não pretende destituir Roberto Campos Neto do cargo de presidente do Banco e terá o mandato respeitado. A informação é do líder do PT no Senado, Fabiano Contarato. Segundo ele, o assunto é sensível e exige entendimento. E acrescentou: com a autonomia do Banco Central, Lula foi privado de influenciar a política monetária.
Mesmo assim, Campos Neto pode ter de dar explicações ao Congresso sobre a política monetária adotada pelo Banco. É que o PSOL apresentou um requerimento nesse sentido e cabe agora ao presidente da Câmara, Arthur Lira, colocar o assunto em pauta. O documento é assinado pelos 13 deputados do partido. O entendimento é o de que é preciso discutir de forma “democrática a autonomia do Banco Central.
E o Psol não é a única legenda a querer ouvir Campos Neto não. O deputado Lindbergh Farias, do PT, também apresentou um requerimento. Pelo twitter, justificou: para que Campos Neto explique a decisão de manutenção da taxa Selic em 13,75%, a mais alta de juros real do mundo, em um cenário de grande desaceleração da economia”. E o senador Jorge Kajuru, do PSB, também quer saber do assunto.
Enquanto isso, a oposição critica. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, afirmou que, com as críticas, Lula parece mais preocupado em justificar de forma antecipada um eventual fracasso econômico do que governar o país.
