Na véspera de sair do Ministério da Justiça, para assumir o Supremo Tribunal Federal, o ministro Flávio Dino disse que deixou a sugestão para o uso de câmeras por policiais ao sucessor no cargo, Ricardo Lewandowski.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (31), quando Dino apresentou um balanço das ações do ministério em 2023, primeiro ano da gestão do presidente Lula. O ministro citou os Dados Nacionais de Segurança Pública, já disponíveis no site do Ministério da Justiça: o estado do Rio de Janeiro teve, no ano passado, uma redução de quase 35% no número de pessoas mortas em ações policiais, em comparação a 2022. E lembrou que essa diminuição foi justamente no ano em que ficou determinado o uso de câmeras em uniformes dos policiais de elite, no estado do Rio.
Durante evento no Palácio do Planalto, Dino disse que pode sugerir um projeto de lei ao Senado, sobre essas câmeras em uniformes policiais, já que fica temporariamente como senador, até assumir uma das cadeiras da suprema corte brasileira, em 22 de fevereiro.
Ao lado do presidente Lula, e do futuro titular da Justiça, Lewandowski, Flávio Dino voltou a mencionar a redução de crimes no ano passado. E acrescentou que eles reduziram, assim como houve redução no número de armas em circulação no país.
Na comparação entre 2022 e 2023, o número de crimes como homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio caiu mais de 4%. Também houve redução de quase 10% no número de roubo de veículos; e de 40% nos roubos a bancos.
Enquanto isso, foram apreendidas 25% a mais de armas ilegais, no ano passado, em relação a 2022. O registro de novas armas teve uma redução significativa de 79%. Também houve queda no número de portes de armas para uso pessoal: 56%.
Após apresentar os números e o balanço das ações do Ministério da Justiça, Flávio Dino e o presidente Lula desejaram bom trabalho a Lewandowski, que toma posse como novo Ministro da Justiça, nesta quinta-feira (1º).
