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Saúde

Secretários de Saúde querem toque de recolher para frear pandemia

Reivindicações constam em carta divulgada nesta segunda (1º)
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Lucas Pordeus Leon
01/03/2021 - 19:24
Brasília
Comércio e atividades consideradas não essenciais fecham as portas durante lockdown no Distrito Federal.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os secretários estaduais de Saúde querem um toque de recolher em todo o território nacional, com fechamento de escolas, bares, praias e ainda a criação de barreiras sanitárias.

A reivindicação consta em uma carta divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass).

No documento, os secretários pedem o aumento das medidas restritivas para evitar o iminente colapso das redes pública e privada de saúde.  

O Conselho quer restrição máxima nas regiões com ocupação de leitos acima de 85%, e sugere a suspensão de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas ou esportivas, além da suspensão das atividades presenciais em todos os níveis de educação.

Os secretários ainda alegam ser necessário um toque de recolher nacional durante os finais de semana, das 20h às 6h. 

O Conass também solicita medidas para reduzir a lotação nos transportes coletivos, e a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, inclusive com o fechamento de aeroportos.

O presidente do Conselho e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, lembra que o país vive o pior momento da pandemia.

Os secretários de Saúde argumentam ainda na carta que o relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus agravam a crise sanitária.

Na última semana, a Fiocruz informou que 12 estados mais o Distrito Federal estavam com taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 acima de 80% - considerada uma situação crítica -, além de 17 capitais também com ocupação de leitos acima de 80%.

Pelo menos, 13 unidades da federação já tomaram medidas restritivas nos últimos dias, entre elas Distrito Federal, Bahia, Ceará, Rio Grande de Sul, Acre e São Paulo. Procuramos o Ministério da Saúde, que não se manifestou sobre a carta dos secretários de Saúde até o fechamento desta reportagem.

 

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