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Saúde

Projeto da Fiocruz defende vacinação de crianças contra Covid-19

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Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional
23/01/2024 - 19:00
Rio de Janeiro

O projeto Vigivac, da Fiocruz, que avalia a efetividade das vacinas contra a Covid-19, defendeu a vacinação de crianças contra a doença. Desde o início do ano, a imunização contra a Covid-19 foi incluída no Programa Nacional de Imunizações, devendo ser aplicada em todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. 

A nota técnica afirma que a Covid-19 foi a principal causa de óbitos por doença imunoprevenível entre menores de 19 anos, de agosto de 2021 a julho de 2022. Entre menores de 1 ano, a taxa de mortalidade chegou a 4,3 óbitos por 100 mil habitantes. Além disso, os pesquisadores destacam que, no Brasil, as infecções respiratórias pelo coronavírus, em menores de 18 anos, têm uma mortalidade três vezes maior do que as provocadas por outros agentes. 

A nota também explica que a efetividade das vacinas aplicadas em crianças já foi comprovada por diversos estudos e é próxima de 90%. As duas vacinas disponíveis para este público também se mostraram bastante seguras, com uma taxa de eventos adversos leves inferior a 5% no caso da Coronavac, e raramente relatados no caso da Pfizer. 

Salientam ainda que o risco de desenvolver esses mesmos efeitos, após uma infecção por Covid-19 é 31 vezes maior do que em decorrência da vacinação. As pesquisas também mostram que a vacinação reduz em até 41% o risco de crianças e adolescentes desenvolverem Covid longa. Apesar disso, as taxas de vacinação permanecem muito baixas no Brasil. Entre as crianças de 3 e 4 anos, menos de 23% foram vacinados com 2 doses e apenas 6% recebeu dose de reforço. 

O texto termina dizendo que a vacinação é uma ferramenta fundamental para proteção das crianças, principalmente em famílias mais vulneráveis socioeconomicamente, já que possuem maior risco de contrair a doença e maior dificuldade de realizar tratamento. E que a garantia da vacinação para todas as crianças não só preserva vidas, mas também fortalece a resiliência do Sistema Único de Saúde.

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