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Segurança

Polícia Federal desarticula esquema de lavagem de dinheiro do PCC

Foram cumpridos 623 mandados, sendo 422 de prisão preventiva
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Dayana Vítor
31/08/2020 - 15:55
Brasília
Sede da Polícia Federal em Brasília
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A segunda fase da megaoperação Caixa Forte da Polícia Federal foi realizada nesta segunda-feira (31), em 19 estados e do Distrito Federal. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) ajudou no trabalho de inteligência. Tudo para desarticular núcleos de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital, o PCC. A primeira fase ocorreu em 2019.

Cerca de 1.100 policiais saíram às ruas para cumprir 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva, a maioria no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Dessas ordens de prisão, 210 eram contra integrantes do alto escalão do PCC que já cumprem pena em presídios federais.

Segundo as investigações, os acusados receberiam ajuda financeira da facção por terem realizado missões determinadas por líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

Também houve 201 mandados de busca e apreensão, neste caso, a maioria dos pedidos judiciais foi para o Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Todas as ordens judiciais partiram da 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Murillo Ribeiro, revela o total apreendido na operação.

Esta megaoperação surgiu após dados obtidos na primeira fase da Operação Caixa Forte. No ano passado, os agentes identificaram os membros do PCC responsáveis pelo chamado "Setor do Progresso”, que se dedica à lavagem de dinheiro do tráfico.

Essas pessoas revelaram que parte das quantias obtidas com os crimes era destinada a diversas contas bancárias da facção. Inclusive para o “Setor da Ajuda”, responsável por recompensar membros do PCC recolhidos em presídios.

Mas esses membros do "Setor da Ajuda" indicavam contas geralmente de parentes que não pertenciam à facção para receber o dinheiro e dificultar a origem dos ganhos. O coordenador da Operação, Aleksander Castro, detalha quanto cada membro preso do PCC recebia no esquema.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem pegar até 28 anos de detenção.

 

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