SP: região de Registro fica em alerta e pode retroceder na reabertura
Por causa do aumento na taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento dos casos do novo coronavírus, o governo de São Paulo está monitorando a situação da região de Registro, no Vale do Ribeira. Segundo Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI nessa região chegou a 89%, o que traz grande preocupação para o governo.
A região de Registro está na Fase 3-Amarela do Plano São Paulo desde o dia 10 de julho. Mas esta semana, a região passou a ter uma piora em seus indicadores relacionados à pandemia do novo coronavírus e, se mantiver essa condição, poderá voltar para a fase 1-Vermelha já nesta sexta-feira (31).
A etapa Amarela permite a reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas. Já a Fase Vermelha é de quarentena total, permitindo apenas a abertura dos serviços considerados essenciais, como de logística, abastecimento, saúde e segurança.
O governo paulista atualiza o Plano São Paulo a cada 15 dias, observando os dados obtidos em uma semana na comparação com a semana anterior. Mas caso se observe uma grande piora nos dados, uma situação considerada de alerta, pode haver mudança de forma imediata.
Novos leitos
Para tentar melhorar esses índices na região de Registro, a Secretaria estadual da Saúde está enviando novos respiradores para a região, buscando aumentar o número de leitos de UTI. “Criamos, de forma emergencial, 10 novos leitos de unidades de terapia intensiva, sendo que dois deles já foram ativados no início da tarde de ontem. Os outros oito serão abertos ao longo dos próximos dias”, disse o secretário da Saúde. Também houve transferência de dois pacientes de Registro para serem tratados na região da Baixada Santista.
Além disso, o secretário da Saúde, acompanhado do secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, devem se dirigir amanhã cedo para a região para avaliar a situação. “Eu e o secretário Vinholi amanhã pela manhã estaremos nos dirigindo para essa região para conhecer as condições dos hospitais e as condições das unidades de terapias intensivas para entendermos melhor o que se passa por lá. E conforme estiver a situação, definiremos, até sexta-feira, uma eventual reclassificação da região”, adiantou Gorinchteyn.
Reabertura
O Plano São Paulo, criado para a retomada da atividade econômica no estado depois do isolamento social adotado para evitar a disseminação do coronavírus, é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões [com a região metropolitana dividida em cinco sub-regiões] e cada uma delas é classificada em uma fase.