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Segurança

Ministério da Justiça define regras para uso de câmeras corporais

A norma define 16 situações em que é obrigatório câmeras ligadas
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Nelson Lin
28/05/2024 - 15:46
São Paulo
Brasília - 25/05/2023 - PRF - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresenta o Projeto Estratégico Bodycams, que trata do conjunto de estudos do órgão, sob orientação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para implementar o uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais.  Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
© Antônio Cruz/ Agência Brasil

Diretrizes para o uso de câmeras corporais por parte das forças de segurança foram divulgadas pelo ministério da Justiça e Segurança Pública nesta terça feira (28) em evento na sede do ministério, em Brasília.

A portaria lista 16 circunstâncias em que os equipamentos devem estar obrigatoriamente ligados. Entre elas estão: o atendimento de ocorrências; durante buscas pessoais; em ações operacionais que envolvam manifestações e controle de distúrbios civis; durante rotinas carcerárias e na intervenção e resolução de crises motins e rebeliões nas prisões; no patrulhamento preventivo e ostensivo em que possam ocorrer prisões ou atos de violência.

Além disso, o documento admite três tipos de acionamento das câmeras: aquelas em que a gravação é iniciada automaticamente desde a retirada do equipamento até a devolução, o acionamento remoto ativado por decisão de autoridade competente e aquelas em que o próprio agente de segurança pode ligar ou desligar para preservar sua privacidade nos intervalos de trabalho.

O ministério reitera que independentemente do tipo de acionamento, em qualquer uma das circunstâncias descritas na portaria, a câmera deve estar ligada.

Para incentivar a adesão das forças policiais dos estados ao uso das câmeras, o Ministério da Justiça vai levar em consideração que a implementação seja feita observando as diretrizes estabelecidas para o repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, como falou o ministro Ricardo Lewandowski:

"Todos aqueles que quiserem fazer uso dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública ou do Fundo Nacional Penitenciário terão que se adequar a estas diretrizes para a compra das câmeras corporais"

No mesmo evento, o ministério da Justiça também lançou o programa escuta Susp para fornecer assistência psicológica especializada às forças de segurança dos estados: a Polícia Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros. O programa terá parceria e apoio das universidades federais dentro dos estados.