Pesquisa avalia ensino de história e cultura afro-brasileira
Pela primeira vez, desde que a lei que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio entrou em vigor, em 2003, o Ministério da Educação divulgou um levantamento sobre as políticas públicas nesse sentido.
São dados que mostram como anda a implementação da educação para a equidade racial, de combate aos efeitos do racismo e também da educação escolar quilombola. Eles envolvem, por exemplo, a preparação de docentes.
Em três estados, os professores disseram que não fizeram nenhum curso de formação continuada, com pelo menos 30 horas de duração, voltada para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e dos Povos Índígenas. São eles, Amazonas, Alagoas e Rio Grande do Norte. E essa é uma formação que precisa começar desde cedo e envolver toda a comunidade escolar, como explica a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, a Zara Figueiredo.
A pesquisa mostra ainda a questão do material didático: livros, apostilas, vídeos e brinquedos e jogos relacionados à diversidade étnico-racial. A média ponderada dos estados ficou em 58,9% na aquisição desse tipo de material. E muitas vezes, as iniciativas vêm individualmente do professor, como explica a secretária Zara Figueiredo. Ela diz, ainda, que desde que lei entrou em vigor, em 2003, já caminhamos muito. Mas ainda há o que melhorar.
Esses dados são inéditos. Todas as secretarias estaduais e 98% das municipais responderam a essa pesquisa que foi feita entre março e julho deste ano.