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Educación

Pretos e pardos são maioria dos concludentes do Ensino Médio, diz Inep

Realidade reflete população do país mas não se aplica ao Ensino Super
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Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional
20/11/2024 - 13:34
São Luís
Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

No Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, o Ministério da Educação destaca que pretos e pardos, no Brasil, são maioria entre os alunos que concluem o Ensino Médio, prontos para entrarem no Ensino Superior. 

Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – o Inep - mostram que os estudantes pretos e pardos representam 55% dos alunos que declaram a própria cor. Essa proporção é quase a mesma do último Censo do IBGE, sobre a população brasileira em geral.

Os estudantes de Ensino Médio que se declararam pretos ou pardos são mais da metade dos formandos em 22 unidades da federação. A Bahia vem em primeiro lugar, seguida pelo Amazonas, Pará, Maranhão e Sergipe. Quase todos esses estados estão no topo do ranking nacional sobre a população negra em geral. A exceção é o Amazonas, que fica na nona posição entre as unidades da federação com maior número de pessoas negras.

Apenas em cinco estados, os estudantes não negros são maioria entre os formandos do Ensino Médio, são eles: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na maioria desses, mais da metade da população geral se declara branca. A exceção é o Mato Grosso do Sul.

Em todo o país, a maioria de alunos pretos e pardos se repete: na Educação Infantil, 51%; no Ensino Fundamental, até o quinto ano, 54%, e até o nono ano, 55%; e no Ensino Médio, estudantes negros correspondem a 53%. Esses números crescem ainda mais, principalmente na Educação de Jovens e Adultos, onde 75% são pretos e pardos. 

Entretanto, no Brasil, onde a maioria da população é negra, esse retrato da educação básica ainda não se repete quando o assunto é o Ensino Superior. De acordo com o último Censo Escolar, apenas pouco mais de um terço dos formados nas universidades e faculdades do país haviam se declarado pretos ou pardos.