Ney Matogrosso é celebrado em exposição no Museu da Imagem e do Som
Um dos maiores intérpretes da música brasileira, Ney Matogrosso completa 50 anos de carreira solo. Aos 83 anos de idade, o cantor acaba de ganhar uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, para celebrar história do artista de talento único, hipnotizador de multidões há cinco décadas.
Quem visitar a exposição no MIS poderá conhecer fotografias, figurinos, adereços de shows e videoclipes, além de documentos, capas de álbuns, pôsteres e CDs. A mostra faz um percurso cronológico pela obra do artista, passando por cada década de sua atuação à frente dos palcos, desde a estreia como vocalista do grupo Secos & Molhados, em 1972, até seu álbum mais recente, chamado Nu com minha música.
Responsável pelos textos da exposição, o jornalista Julio Maria, autor da biografia sobre Ney, classifica o artista como um acontecimento da música e da cultura brasileira. O biógrafo destaca que Ney Matogrosso atravessou a ditadura nos anos 1970, o luto da epidemia da Aids nos anos 1980, o desprezo das gravadoras nos anos 1990 e permanece, em 2025, inspirando nos palcos brasileiros.
"O Ney Matogrosso nasce e perpassa todos os dilemas de cinco décadas ou seis décadas, ereto, de cabeça levantada, quer dizer, ele não não cai em nenhuma armadilha que todas essas décadas colocaram para ele cair", afirma.
A exposição traz várias facetas do artista, que nasceu na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e saiu da casa dos pais aos 17 anos.
"Se você pegar o repertório do Ney, é o mesmo homem que grava Carmem Miranda, grava Cazuza, grava salsa, rock pesado, balada", aponta Julia Maria.
A exposição Ney Matogrosso fica em cartaz no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista, por tempo indeterminado.
Ney segue em turnê com o show do seu álbum Bloco na rua, por várias cidades do país, até 2026.
