Grupos de direitos humanos criticam venda do Newcastle United
O grupo de direitos humanos saudita ALQST acusou a liga inglesa de futebol de ser motivada somente pelo dinheiro e por empregar critérios "profundamente inadequados" para avaliar os direitos humanos depois que o Newcastle United foi adquirido por um consórcio liderado pela Arábia Saudita.
O Fundo Público de Investimento saudita (PIF), presidido pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, agora possui 80% do clube, e o resto se divide entre RB Sports & Media e PCP Capital Partners, cuja executiva-chefe, Amanda Staveley, comandou a aquisição.
Embora os torcedores tenham esperança de que a aquisição ajudará a mudar a sorte do clube, vários grupos de direitos humanos questionam a liga por permitir o negócio, apontando para o histórico ruim da Arábia Saudita no quesito direitos humanos.
"Para a Arábia Saudita, o acordo mostra o sucesso de sua estratégia de RP [relações públicas] de investir em empreendimentos esportivos na tentativa de limpar a imagem. Para a liga inglesa... eles estão efetivamente convidando outros líderes abusivos a seguirem o exemplo", disse Nabhan al-Hanashi, que ocupa a diretoria da ALQST em caráter interino, à Reuters. "O raciocínio [da liga inglesa] de que a PIF é uma entidade separada do Estado saudita é farsesco. Basta ver quem preside a PIF: o próprio príncipe herdeiro Bin Salman, cujo governo é marcado pelas formas de repressão mais brutais."