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Esportes

Alemanha pede perdão 50 anos após ataques na Olimpíada de Munique

Fracasso na tentativa de resgate dos reféns resultou em 17 mortes
Karolos Grohmann
Publicado em 05/09/2022 - 13:54
Fürstenfeldbruck (Alemanha)
Cerimônia em homenagem às vítimas dos Jogos de Munique de 1972
© Reuters/Leonhard Foeger/Direitos Reservados

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão nesta segunda-feira (5) em uma cerimônia para marcar o 50º aniversário dos ataques nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972 contra atletas israelenses e membros da equipe no aeródromo perto de Munique, onde ocorreu uma tentativa de resgate fracassada.

Steinmeier disse que a Alemanha deve arcar com sua parcela de responsabilidade pelas falhas na proteção dos atletas e por levar décadas para compensar as famílias das vítimas.

"Não podemos corrigir o que aconteceu", disse Steinmeier em seu discurso. "Estou envergonhado. Como chefe de Estado deste país e em nome da República Federal da Alemanha, peço perdão pela proteção insuficiente dos atletas, pela resolução insuficiente deste assunto."

Membros da equipe olímpica israelense foram feitos reféns em 5 de setembro de 1972 na vila dos atletas por palestinos do grupo Setembro Negro.

Onze israelenses, um policial alemão e cinco dos homens armados palestinos morreram após um confronto na vila olímpica e no aeródromo de Füerstenfeldbruck, quando os esforços de resgate explodiram em tiros.

Os Jogos continuaram apesar dos ataques e o Comitê Olímpico Internacional ignorou por quase meio século os pedidos das famílias das vítimas para um ato oficial de lembrança em uma cerimônia dos Jogos Olímpicos.

O COI acabou realizando um momento de silêncio e uma referência às vítimas dos Jogos de Munique no ano passado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a primeira vez em quase meio século.

Enquanto as bandeiras em todos os edifícios estatais da capital da Baviera tremulavam a meio mastro, o presidente israelense Isaac Herzog e Steinmeier colocaram uma coroa de flores no local.

A cerimônia contou com a presença do chefe do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e outras autoridades.

O governo alemão e as famílias israelenses concordaram na sexta-feira com uma oferta de compensação totalizando 28 milhões de euros, com o governo federal contribuindo com 22,5 milhões de euros, enquanto 5 milhões de euros virão do Estado da Baviera e 500 mil euros de Munique.

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