Após surto de infecção, clínica de hemodiálise em Goiânia pode ser reaberta
Após um surto de infecção bacteriana, a clínica particular de hemodiálise Nefroclínica, em Goiânia, poderá ser reaberta na próxima sexta-feira (15), se seguir as recomendações da Vigilância Sanitária local. Na semana passada, 35 pacientes tiveram reação pirogênica, caracterizada, entre outros sintomas, por febre, calafrios e tremores, depois de fazerem hemodiálise no local.
A Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia estabeleceu recomendações corretivas e preventivas de segurança dos pacientes, monitoramento microbiológico da água, estratégias de controle da contaminação do sistema e adoção de medidas de precaução para interrupção do surto. O órgão também solicitou a apresentação de relatório técnico que comprove a confiabilidade das máquinas de hemodiálise da clínica.
Uma fiscalização na próxima sexta-feira e, se as recomendações tiverem sido atendidas, o serviço de hemodiálise será desinterditado no mesmo dia. A Nefroclínica poderá ser autuada por não cumprir os protocolos de prevenção e controle de infecções e de segurança do paciente.
“O protocolo exige a imediata notificação do surto à Vigilância Sanitária por parte da clínica, o que não ocorreu, sendo que o órgão obteve conhecimento do ocorrido através de denúncia anônima”, disse em nota a secretaria municipal.
O laudo da água coletada no dia 5 de julho, quando 25 pacientes tiveram as reações, apresentou parâmetros de endotoxinas que ultrapassam os limites máximos permitidos. No dia seguinte, a clínica fez procedimentos de desinfecção de todo o sistema de água e o laudo do dia 8 de julho mostrou resultados dentro dos parâmetros permitidos.
Os exames identificaram bactérias gram-negativas nos pacientes, que podem ter causado as reações. Dos 35 pacientes, seis foram internados. Um deles teve alta e cinco permanecem internados, três deles na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Todos apresentam quadro clínico estável.
Em nota, a Nefroclínica disse que fez os procedimentos necessários assim que percebeu as reações dos pacientes. A instituição reconheceu os problemas, disse estar buscando a causa do problema e se colocou à disposição para dar suporte às vítimas.
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