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PF fecha laboratório que falsificava dinheiro no Rio Grande do Sul

Operação Pirita investiga grupo que produzia notas falsas de real
Agência Brasil
Publicado em 29/07/2020 - 10:07
Rio de Janeiro
Porto Alegre - Polícia Federal deflagrou Operação Inkjet 2, que mostra notas verdadeiras (em 1º plano) utilizadas como matrizes para fabricar notas falsas (em 2º plano)   (Daniel Isaia/Agência Brasil)
© Daniel Isaia/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (29) a Operação Pirita, com o objetivo de desmantelar um laboratório gráfico que falsificava notas de real. O preso na operação foi encaminhado à carceragem da PF em Porto Alegre, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal. Também estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em diferentes regiões do Rio Grande do Sul: três em Cruz Alta, um em Canela, um em Torres e um em Três Coroas.

Segundo a PF, as investigações demonstraram que uma organização criminosa utilizava maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para produzir o dinheiro falso, simulando os itens de segurança das cédulas verdadeiras de real.

De acordo com a corporação, nos últimos quatro anos, a organização colocou no meio circulante brasileiro milhares de cédulas falsas. “Já foram identificadas, apreendidas e retiradas de circulação mais de 28 mil cédulas que teriam sido produzidas pelo grupo, entre notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. As cédulas falsas, se somadas, atingem o valor de face de quase R$ 2 milhões”, diz comunicado da PF.

“Na ação de hoje, foi apreendida grande quantidade de aparatos para a falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas, equipamento gráfico variado e material de acabamento; além de novas cédulas falsas prontas e outras em fase de confecção que ainda serão periciadas pela PF. Além da manutenção do próprio laboratório, há comprovação de que a organização criminosa realizava a venda das cédulas falsas, via redes sociais”, acrescentou a corporação.

Segundo a PF, os investigados, que já tinham passagens pela Justiça, inclusive pela mesma conduta, responderão pelos crimes de moeda falsa, cuja pena é de 3 a 12 anos de reclusão e pelo delito de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão ao mineral semelhante a ouro utilizado para enganar desde a antiguidade. A pirita é um composto metálico, derivado do ferro, que não tem as propriedades do ouro.

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