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Internacional

PGR garante empenho para extraditar líder da máfia italiana

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/05/2015 - 18:07
Brasília
Líder da máfia italiana é preso no Recife após 31 anos foragido
© Reprodução Twitter Polícia Federal

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje (29) que tratará com prioridade eventual pedido de extradição do italiano Pasquale Scotti, apontado como líder da organização criminosa Camorra. Ele foi preso na última terça-feira, no Recife, em uma operação da Polícia Federal e da Interpol (Polícia Internacional). O governo da Itália tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo Tribunal Federal a extradição.

Em nota, a PGR informou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou em contato com autoridades italianas para garantir empenho máximo no processo de extradição. Scotti deve aguardar a decisão do Supremo no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

O italiano é apontado como fundador da Nova Camorra Organizada – subgrupo criado após a prisão do principal chefe da Camorra, Raffaele Cutolo, em 1982. Em 2005, a Justiça condenou o Scotti à prisão perpétua por crimes cometidos entre 1980 e 1983, entre os quais mais de 20 homicídios, porte ilegal de armas de fogo, extorsão, intimidação e ameaças. O italiano estava foragido desde 1984 e vivia no Recife há anos, com documentos falsos, em nome de Francisco de Castro Visconti.

A PGR aguarda a definição da extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. No começo deste mês, o Tribunal Administrativo Regional do Lacio suspendeu decisão do governo italiano a favor da extradição. Está marcada uma audiência para o dia 3 de junho a fim de discutir o caso.

Condenado no processo na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013, Pizzolato fugiu para a Itália com passaporte falso. O governo brasileiro quer que ele seja extraditado para o Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato. O ex-diretor foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa da documentação irregular.