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Internacional

Merkel pede posição de todos os países atingidos por tarifas dos EUA

Da Agência EFE
Publicado em 06/06/2018 - 10:31
Berlim
Agência EFE

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, garantiu nesta quarta-feira (6) que a União Europeia (UE) precisa buscar uma "posição comum" com outros países que se viram afetados pelas recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos ao aço e ao alumínio.

Merkel fez essas declarações em um comparecimento incomum no Bundestag (Câmara dos Deputados) no qual se submeteu, durante uma hora, a perguntas dos deputados e no qual garantiu que a Alemanha seguirá defendendo um comércio internacional aberto e justo, baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A chanceler, que afirmou que submeterá em breve à ratificação do Bundestag o acordo comercial da UE com o Canadá (Ceta, na sigla em inglês), se posicionou dessa forma sobre o tema, seguindo a mesma linha abordada por outros membros do Grupo dos Sete (G7)  composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, cujos líderes realizarão uma reunião no Canadá nesta semana.

Para Merkel, Canadá e México estão entre os países com os quais a UE deve buscar uma "posição comum", que, por sua vez, estão realizando neste momento difíceis negociações com os Estados Unidos para atualizar o Tratado de Livre-comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).

Além disso, Merkel mostrou certo ceticismo em relação à possibilidade da cúpula de líderes do G7 incluir, como ocorreu na edição do ano passado, um compromisso comum claro em favor do livre-comércio e contra o protecionismo.

A chanceler afirmou que chegará com "boa vontade" à reunião, mas que, diante da possibilidade de não poder conseguir um acordo em matéria comercial - pela postura de Washington - o mais provável é que, ao invés de publicar um comunicado conjunto neste ponto, se opte para que o Canadá, como presidente, emita um resumo das posições.

A chanceler comentou que, apesar das diferenças que seu Executivo mantém com Washington na atualidade, os EUA são um "país democrático" com o qual falam abertamente sobre os pontos de dissidência em nível bilateral.