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Internacional

China anuncia início de retaliação contra tarifas dos Estados Unidos

Agência EFE
Publicado em 06/07/2018 - 07:56
Pequim
Agência EFE

A China anunciou nesta sexta-feira (6) que iniciou "de forma imediata" medidas de represália contra importações de produtos americanos, após a entrada em vigor nos Estados Unidos (EUA) de tarifas a mercadorias chinesas importadas, no valor de US$ 34 bilhões.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, anunciou hoje, durante entrevista coletiva em Pequim, o início dessas medidas, mas não deu detalhes sobre sua quantia nem o número de produtos afetados.

"Depois que os EUA ativaram suas medidas tarifárias contra a China, as medidas da China contra os EUA também foram feitas imediatamente", confirmou Lu, três horas depois da entrada em vigor das tarifas americanas aos produtos chineses.

As autoridades do país já tinham adiantado que, se Washington aplicasse essa rodada de encargos, dirigida principalmente a produtos industriais e tecnológicos de alto valor agregado, Pequim responderia com a aplicação de tarifas sobre produtos americanos pelo mesmo valor, ou seja, US$ 34 bilhões.

Esses seriam principalmente produtos agrícolas, especialmente a soja, e outros bens de consumo como automóveis e uísque, embora hoje não tenha especificado os produtos em que as taxas foram aplicadas.

O porta-voz do ministério afirmou que "uma guerra comercial não beneficiará ninguém" e que as pressões e ameaças não levarão a lugar algum.

"Não queremos ver uma escalada dos atritos comerciais", afirmou Lu Kang, dizendo que a China tentou convencer os EUA a "construir a globalização de forma objetiva e resolver as disputas apropriadamente por meio do diálogo".

Lu não informou quando foi a última vez que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone sobre esse assunto, mas afirmou que "as autoridades americanas estão plenamente conscientes da posição chinesa".

O porta-voz lamentou que os EUA tenham violado as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e alertou que suas medidas afetarão tanto a multinacionais quanto a pequenas e médias empresas, e terão impacto sobre toda a economia.