Kremlin chama protesto antiguerra na TV estatal de "hooliganismo"
O Kremlin classificou hoje (15) como "hooliganismo" (comportamento destrutivo e desregrado) o ato de dissidência de uma mulher que interrompeu um noticiário ao vivo na televisão estatal russa para criticar a guerra na Ucrânia.
A manifestante ergueu um cartaz atrás de apresentadora de televisão no Canal Um, na noite de ontem, e gritou slogans condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
"No que diz respeito a essa mulher, isso é hooliganismo", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que elogiou o canal estatal como um pilar de notícias objetivas e oportunas.
Autoridades em Moscou descrevem a ofensiva da Rússia na Ucrânia como operação militar especial para desarmar o país e impedir o "genocídio" contra os que falam russo, justificativa descartada pela Ucrânia e pelo Ocidente como falso pretexto para a invasão de um país democrático.
Quase 15 mil pessoas foram detidas em toda a Rússia durante protestos contra a guerra desde 24 de fevereiro, de acordo com contagem mantida pelo OVD-Info, um grupo independente de monitoramento de protestos.
A manifestante na TV estatal foi identificada como Marina Ovsyannikova, funcionária do Canal Um,
Investigadores do Estado analisam se ela pode ser punida sob uma nova lei que prevê pena de até 15 anos, disse a agência de notícias russa Tass, citando fonte policial.
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