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Internacional

Covid-19: Pequim retalia restrições a chineses na Coreia do Sul

China suspendeu emissão de visto para sul-coreanos e japoneses
Martin Quin Pollard e Eduardo Baptista – repórteres da Reuters
Publicado em 10/01/2023 - 16:01
Pequim
Pacientes são atendidos no corredor de hospital em Xangai, na China
© Reuters/Direitos Reservados
Reuters

A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo na Coreia do Sul e no Japão nesta terça-feira (10), depois de anunciar que retaliaria países que exigissem testes negativos de covid-19 de viajantes chineses.

A China abandonou a quarentena obrigatória para quem chega no país e permitiu a retomada das viagens através de sua fronteira com Hong Kong no domingo (8), removendo as últimas grandes restrições da política de covid-zero que começaram a ser eliminadas abruptamente no início de dezembro, após protestos históricos contra as restrições.

Mas o vírus está se espalhando sem controle entre a população de 1,4 bilhão de habitantes e as preocupações com a escala e o impacto do surto tem levado a Coreia do Sul, os Estados Unidos e outros países a exigir testes negativos de covid para viajantes da China.

Embora a China imponha requisitos semelhantes de testagem para todos que chegam no país, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse a repórteres hoje que as restrições de entrada a viajantes chineses são "discriminatórias" e que seriam tomadas "medidas recíprocas".

Retaliação

Em um primeiro movimento de retaliação, a embaixada chinesa na Coreia do Sul suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para visitantes sul-coreanos. Em sua conta oficial do WeChat, a embaixada da China disse que ajustaria a política mediante o levantamento das "restrições discriminatórias de entrada" da Coreia do Sul contra os chineses.

Já a embaixada chinesa no Japão anunciou mais tarde uma ação semelhante, dizendo que a missão e seus consulados suspenderam a emissão de vistos a partir desta terça. O comunicado da embaixada não disse quando a emissão seria retomada.

Com o vírus à solta, a China parou de publicar registros diários de infecções e tem divulgado cinco ou menos mortes diárias desde a reviravolta na política de contenção, números que têm sido contestados pela Organização Mundial da Saúde e são inconsistentes com a crescente demanda por funerais reportada.

(Reportagem adicional de Rocky Swift e Maki Shiraki em Tóquio)

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