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Internacional

Apagão na Europa: origem foi queda de energia em subestação de Granada

Informação é da ministra da Energia espanhola, Sara Aagesen
Pietro Lombardi – repórter da Reuters
Publicado em 14/05/2025 - 14:45
Madri
Torneio de tênis de Madri é suspenso devido a apagão
 28/4/2025     REUTERS/Violeta Santos Moura
© Reuters/Violeta Santos Moura/Proibida reprodução
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Uma queda abrupta de geração de energia em uma subestação em Granada, seguida de falhas segundos depois em Badajoz e Sevilha, provocou o apagão sem precedentes na Espanha e em Portugal em 28 de abril, informou a ministra da Energia da Espanha nesta quarta-feira (14).

Várias investigações envolvendo governo, agências de segurança e especialistas técnicos estão analisando a queda de energia, mas é a primeira vez que as autoridades espanholas apontam áreas específicas como sua origem.

A ministra da Energia, Sara Aagesen, disse aos parlamentares que os três incidentes iniciais, cuja causa ainda não foi determinada, provocaram uma perda de geração de 2,2 gigawatts de eletricidade, o que desencadeou uma série de desligamentos da rede.

A investigação levará tempo e provavelmente não haverá respostas simples para o que parece ser uma questão complexa, afirmou ela.

"Estamos analisando milhões de dados. Também continuamos a progredir na identificação de onde ocorreram essas perdas de geração e já sabemos que elas começaram em Granada, Badajoz e Sevilha", declarou Aagesen.

Ela disse que a investigação do governo também está analisando os relatos das operadoras sobre a volatilidade nos dias anteriores ao apagão e está examinando a tensão excessiva como uma possível causa da perda de geração.

Os investigadores, disse Aagesen, descartaram qualquer ataque cibernético à operadora de rede REE, um desequilíbrio na oferta e demanda ou capacidade insuficiente da rede.

O uso de energia renovável pela Espanha como uma parte cada vez maior de sua mistura de geração de eletricidade passou a ser analisado desde o apagão, assim como seu plano de eliminar gradualmente a energia nuclear até 2035.