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Política

Sérgio Moro diz que Petrobras vai conseguir reerguer-se após Lava Jato

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/03/2015 - 15:24
Brasília
Juiz Sérgio Moro participou do Primeiro Seminário Nacional sobre Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro. Não falou com a imprensa sobre a Operação Lava Jato, disse que legalmente não pode falar sobre casos abertos
© Foto reporter Akemi Nitahara/Agência Brasil
Juiz Sérgio Moro participou do Primeiro Seminário Nacional sobre Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro. Não falou com a imprensa sobre a Operação Lava Jato, disse que legalmente não pode falar sobre casos abertos

Moro diz que não pode ser responsabilizado pela situação da PetrobrasAkemi Nitahara/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro está seguro de que a Petrobras vai se reerguer e conseguir desenvolver seus negócios com mais eficiência e economia após a Operação Lava Jato. A declaração de Moro, responsável pela investigação da operação na primeira instância, consta da decisão que determinou hoje (27) a prisão do empresário Dario Queiroz, presidente do Grupo Galvão.

No despacho, o juiz argumentou que os cidadãos brasileiros foram os principais prejudicados com o esquema de propina na estatal, que levou a prejuízo de dimensão incalculável.

Moro disse que ele, o Ministério Público e a Polícia Federal (PF) não podem ser considerados culpados pela situação em que a estatal se encontra após a descoberta dos desvios.

“Há, é certo, quem prefira culpar a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e até mesmo este Juízo pela situação atual da Petrobras, em uma estranha inversão de valores. Entretanto, o policial que descobre o cadáver não se torna culpado pelo homicídio e a responsabilidade pelos imensos danos sofridos pela Petrobras e pela economia brasileira só pode recair sobre os criminosos, os corruptos e corruptores”, disse o o juiz.

Nesta manhã, a Polícia Federal prendeu também Guilherme Esteves, acusado de atuar como um dos operadores do pagamento de propina na Petrobras, por meio do Estaleiro Jurong. Os três serão levados ainda hoje para a Superintendência da PF em Curitiba.