logo Agência Brasil
Política

Ex-deputado Eduardo Cunha recorre ao STJ para deixar prisão

André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/11/2016 - 19:38
Brasília
Brasília- Eduardo Cunha, em reunião da CCJ da Câmara para votar parecer do deputado Ronaldo Fonseca sobre pedido para anular decisão do Conselho de Ética de cassação do mandato  (Antonio Cruz/Agência Brasil)
© Antonio Cruz/Agência Brasil

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recorreu, por meio de seus advogados, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar deixar a prisão. Cunha está preso desde o mês passado em Curitiba, por determinação do juiz federal Sérgio Moro. O caso será decidido pelo ministro Felix Fischer.

Entre os argumentos usados para justificar o pedido de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações.

Segundo a acusação, "há evidências" de que existem contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram identificadas, fato que coloca em risco as investigações. Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e pode fugir do país.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas após a cassação do ex-deputado, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.