CCJ da Câmara analisa PEC da eleição direta em caso de vacância da Presidência

Publicado em 20/06/2017 - 12:23 Por Debora Brito - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados abriu há pouco a segunda reunião destinada a analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/16, que prevê a convocação de eleições diretas em caso de vacância da Presidência da República.

Sem obstrução da base aliada ao governo, o relator da PEC, deputado Esperidião Amin (PP-SC), faz a leitura de seu parecer sobre a proposta.

A reunião foi aberta com quase duas horas de atraso porque não havia o quórum mínimo necessário de 34 deputados para dar início aos trabalhos.

A sessão extraordinária foi marcada pelo presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), depois de acordo firmado com a oposição. Na primeira tentativa de discussão da PEC após o acordo, parlamentares da base aliada ao governo obstruíram os trabalhos.

De acordo com a proposta em discussão na CCJ, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), se os cargos de presidente e vice-presidente da República ficarem vagos, deve ocorrer eleição direta (voto popular) em 90 dias depois de aberta a última vaga.

Se a vacância ocorrer nos últimos seis meses do mandato, a PEC estabelece que a eleição será indireta, ou seja, feita pelo Congresso Nacional, em 30 dias.

A PEC recebeu parecer favorável do relator. O relatório ainda precisa ser aprovado pela CCJ antes de ser apreciado pelo plenário da Câmara. Para ser aprovado na comissão, o relatório pela admissibilidade da PEC precisa ter maioria simples dos votos.

Depois deve ser analisada por uma comissão especial e, no plenário, a PEC precisa receber apoio de pelo menos 308 deputados, por se tratar de uma mudança constitucional.

Edição: Kleber Sampaio

Últimas notícias
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.
Justiça

AGU pede ao STF apuração de posts com divulgação de decisões de Moraes

O jornalista Michael Shellenberger divulgou na rede social X decisões sigilosas de Alexandre de Moraes. Para AGU, há suspeita de interferência no andamento dos processos e violação do sigilo dos documentos.