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Política

Aécio diz que afastamento é condenação sem julgamento nem direito à defesa

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/09/2017 - 20:08
Brasília
Brasília - O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves, confirma o senador Tasso Jereissati na presidência interina do PSDB (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília - O senador Aécio Neves fala à imprensa após audiência com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto (Wilson Dias/Agência Brasil)

Senador Aécio Neves foi afastado do mandato e deverá obedecer recolhimento domiciliar noturnoWilson Dias/Arquivo/Agência Brasil

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teve o afastamento do mandato determinado ontem (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), disse confiar que sua atividade parlamentar será restabelecida. Em nota divulgada por sua assessoria, Aécio afirmou que a decisão da 1ª Turma do STF foi uma “condenação” sem a abertura de um processo judicial e, por isso sem direito à defesa.

“As gravações consideradas como prova pelos três ministros foram feitas de forma planejada a forjar uma situação criminosa. Os novos fatos vindos à tona comprovam a manipulação feita pelos delatores e confirmam que um apartamento da família colocado à venda foi oferecido a Joesley Batista para que o senador custeasse gastos de defesa”, informou a assessoria de Aécio.

O comunicado reafirma que o senador recebeu um “empréstimo privado” de Joesley Batista, que não envolveu dinheiro público ou “qualquer contrapartida, não incorrendo, assim, em propina ou outra ilicitude”.

“O senador Aécio Neves aguarda serenamente que seus advogados tomem, dentro dos marcos legais, as providências necessárias a buscar reverter as medidas tomadas sem amparo na Constituição. E confia que terá restabelecido o mandato que lhe foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros”, diz a nota.

A decisão de afastar Aécio Neves do mandato foi tomada 3 votos a 2. Além disso, a Primeira Turma determinou a entrega de passaporte e o recolhimento domiciliar noturno. A decisão tem causado divergências entre os ministros da Corte e, apesar de o Senado ainda não ter sido notificado, os parlamentares já se movimentam para reagir à determinação do Judiciário.