Países do Prosul adotam medidas conjuntas para enfrentar Covid-19
Os países-membros do Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul) adotarão medidas conjuntas de combate à disseminação e aos efeitos do novo coronavírus (Covid-19) pelo continente. Em nota divulgada, hoje (17), o Itamaraty informou que entre as medidas estão o compartilhamento de informações de prevenção, facilitação do retorno de cidadãos aos seus países e compras conjuntas de insumos médicos.
Os chefes de Estado e representantes do Prosul realizaram videoconferência ontem (16) para tratar da pandemia do novo coronavírus. Participaram Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru, além da Bolívia como país observador. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representou o presidente Jair Bolsonaro.
Na reunião, os países do Prosul analisaram as consequências sanitárias, sociais e econômicas da pandemia, seu impacto no contexto regional e os esforços que a luta contra o Covid-19 exigirão a médio e longo prazo. De acordo com o comunicado, as medidas deverão concentrar-se no bem-estar dos cidadãos.
Os países do bloco concordaram em compartilhar diagnósticos confiáveis e informações epidemiológicas sobre o vírus e trocar informações “sobre experiências, campanhas e materiais que contribuam para a criação de políticas públicas e a adoção de medidas de mitigação para impedir a propagação da epidemia e ajudar a combater notícias falsas e especulações que gerem inquietação social”.
As autoridades também facilitarão o trânsito e o retorno de cidadãos a seus países de residência ou origem e trocarão informações sobre medidas com impacto no transporte aéreo, terrestre e marítimo, especialmente sobre a suspensão de voos e ou restrição de mobilidade das pessoas.
Os países do Prosul concordaram em evitar que as medidas adotadas possam ter um impacto negativo sobre a livre circulação de bens, especialmente aqueles necessários ou indispensáveis aos cuidados de saúde.
Ainda serão coordenadas, no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as compras conjuntas de insumos médicos e, com os organismos financeiros regionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), medidas de auxílio econômico para enfrentar a crise.