Colocar tudo na 'ponta do lápis' ajuda a evitar o endividamento
O endividamento é um fenômeno individual, mas que pode ter consequências para a economia com um todo. Isso quando limita a capacidade de consumo das famílias, com consequências para o comércio, os serviços e a indústria.
O bancário Rubens Praser Júnior costumava aquecer a economia de Brasília, onde vive, principalmente aquela voltada para o lazer, e foi aí que começou o endividamento. Segundo ele, os gastos aumentaram e o orçamento ultrapassou os 70% com festas e restaurantes.
Na época, há mais de 10 anos, Rubens ganhava cerca de 3 salários-mínimos e viu toda sua renda ficar comprometida com dívidas. Sem mais receita, parou de consumir e já não alimentava a economia da cidade como antes. Rubens conta que foram longos trê anos para conseguir equilibrar as contas, uma jornada longa e solitária, segundo ele.
Depois dessa experiência, ele nunca mais perdeu o controle sobre os próprios gastos e hoje consegue poupar 20% da renda que recebe, investindo os recursos em títulos ou ações para aumentar o patrimônio.
Para não chegar a mesma situação de Rubens, é preciso ter o controle sobre o próprio orçamento, como recomenda a professora da Universidade de Brasília, Diana Lima, especialista em Finanças Pessoal. Para Diana o primeiro passo é colocar todos os números no papel.
O mais importante, segundo a especialista, é ajustar os gastos fixos, àqueles que não podem ser adiados. Buscar sempre renegociar as dívidas, pagar primeiro as com os maiores juros e abrir o jogo com toda família também são algumas das dicas da especialista para fugir do endividamento.
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