MP diz que testemunhas reforçaram provas em audiência sobre chacina de Colniza
Chacina de Colniza
Publicado em 28/11/2017 - 19:07 Por Ariane Póvoa - Brasília
A primeira audiência judicial sobre a chacina de Colniza, em Mato Grosso, terminou na madrugada desta terça-feira. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, cinco testemunhas de acusação e sete de defesa, além de um policial civil, prestaram depoimento por cerca de 12 horas.
O Ministério Público acredita que as testemunhas reforçaram as provas e evidências elencadas pelos promotores no processo.
Em maio deste ano, a Justiça de Mato Grosso acolheu a denúncia do Ministério Público do estado por homicídio triplamente qualificado, contra cinco acusados de participar da chacina, dia 19 de abril e na qual nove pessoas foram brutalmente assassinadas.
Um grupo encapuzado invadiu a área próxima ao distrito de Guariba, a cerca de 1.100 quilômetros de Cuiabá. As vítimas apresentavam sinais de tortura e algumas chegaram a ser decapitadas.
Segundo o promotor, Willian Ogama, os depoimentos prestados na audiência apontam contradições da versão das testemunhas de defesa e contribuem para elucidar o contexto em que ocorreu a chacina.
O juiz da Comarca de Colniza, Ricardo Frazon Menegucci, vai continuar com o processo e aguarda mais informações para fundamentar a decisão, que pode levar o caso a Júri Popular pela suspeita de crime doloso contra a vida.
O réu Pedro Ramos Nogueira ainda será ouvido no Fórum de Colniza.Os réus Paulo Neves Nogueira e Moisés Ferreira de Souza irão prestar depoimento por carta precatória em Rondônia, onde estão detidos. O réu Valdelir João de Souza, acusado de ser o mandante do crime, está foragido. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos acusados.