O Massacre de Paraisópolis, que resultou na morte de nove adolescentes, completou cinco anos nesse domingo (1º). E até o momento, nenhum agente foi responsabilizado. Para marcar a data e pedir atenção para o caso, famílias das vítimas realizaram um ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, no bairro do Morumbi.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, há evidências de que 12 policiais militares encurralaram os jovens em uma viela da comunidade, e que as vítimas morreram por asfixia, e não por terem sido pisoteadas, como os agentes declararam na época. Um 13º policial teria soltado explosivos em meio à multidão, causando ainda mais tumulto. De acordo com a Polícia Militar, os agentes chegaram ao baile da DZ7 porque teriam sido acionados para prestar socorro.
Em junho de 2021, a Polícia Civil de São Paulo indiciou nove dos policiais militares envolvidos por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
O caso tramita na Justiça. A primeira audiência de instrução, no Tribunal de Justiça de São Paulo, aconteceu no fim de julho do ano passado. Essa etapa serve para a Justiça decidir se há elementos suficientes de que os réus cometeram algum crime. Em dezembro do ano passado, as audiências foram retomadas, e oito testemunhas de defesa dos réus devem ser ouvidas em 31 de janeiro de 2025.
Se ao final do processo, os agentes forem indiciados, eles serão levados a júri popular. Além da condenação, o Ministério Público propõe a indenização para reparação dos danos materiais e morais causados aos familiares das vítimas.