A Justiça liberou para mais uma instituição brasileira o cultivo e a produção de maconha para fins medicinais.
Em liminar, a desembargadora federal Joana Carolina Lins Pereira, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, autorizou a Associação Aliança Medicinal, em Pernambuco, a realizar o cultivo, a manipulação, preparo, produção, armazenamento, transporte, dispensa e pesquisa da Cannabis sativa para fins exclusivamente medicinais.
De acordo com o diretor executivo da Aliança Medicinal, ou Aliança Canábica, Ricardo Hazin Asfora, 1.400 pacientes serão beneficiados diretamente com a decisão que reduzirá e muito o valor do tratamento.
Com a decisão, a instituição deverá se responsabilizar por toda a cadeia de produção e distribuição dos medicamentos relacionados à substância aos seus mais de mil pacientes com diversas patologias, como epilepsia, fibromialgia, transtorno do espectro autista, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outros, em todo o país.
Na última semana, ao menos outras duas instituições também foram autorizadas a fazer o cultivo da planta para fins medicinais. Apesar de o uso recreativo da maconha ser proibido no Brasil, a Lei 11.343, de 2006, permite que a planta seja utilizada para fins medicinais ou científicos.
* Com supervisão de Nádia Faggiani.