Operação Pleumon, da PF, mira governador de Santa Catarina

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, do PSL, que responde a dois processos de impeachment na Assembleia Legislativa do estado, foi o principal alvo da Operação Pleumon, da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República, deflagrada nesta quarta-feira. 30 policiais saíram às ruas para cumprir cinco mandados de busca e apreensão contra Moisés e ex-integrantes do seu governo.

A ação investiga a suposta participação do governador catarinense na compra emergencial de 200 respiradores pulmonares no valor de R$ 33 milhões em março deste ano. Esses equipamentos não foram entregues.

Um dos processos de Impeachment de Moisés na Assembleia estadual também analisa essas mesmas suspeitas. Já outro pedido refere-se ao aumento salarial dado pelo governador a procuradores do estado em 2019, por meio de medida administrativa, o que seria crime de responsabilidade. Isso porque esse tipo de reajuste só poderia ser concedido por meio de projeto de lei aprovado pelos deputados do estado.

A operação Pleumon foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Federal, e decorre da Operação O2, realizada em maio e junho deste ano, que também apurou irregularidades na compra de 200 respiradores para o estado e levou a novos elementos de provas contra Carlos Moisés. 

A Rádio Nacional procurou o governo do estado para se posicionar sobre a operação, mas até o momento não obteve resposta.

Os envolvidos nas irregularidades podem responder por crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção, concussão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.