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Segurança

Operação mira organização que aplicava golpes prometendo empréstimos

Pirâmide financeira teria movimentado cerca de R$ 1 bi em 10 anos
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Priscila Thereso
31/10/2024 - 16:10
Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (31), operação contra um esquema de pirâmide financeira que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão desde 2015. Conforme as investigações, esta seria a maior pirâmide que atuou no estado do Rio, acumulando lucros às custas do prejuízo financeiro de centenas de pessoas. 

Os agentes buscam cumprir dez mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. A ação conta com o apoio do Ministério Público (MP). Ao todo, 39 pessoas foram denunciadas pelo Gaeco, Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual. 

De acordo com o MP, a organização criminosa atuava em rede para atrair principalmente militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos. O esquema envolvia 15 empresas, criadas exclusivamente para aplicar o golpe. 

Os criminosos agiam de duas formas. Na primeira situação, a vítima era convencida a realizar um empréstimo, que ocorria por meio de uma instituição bancária indicada pelos fraudadores.  A vítima ficava com 10% do valor e transferia o restante para uma empresa ligada ao grupo, que se responsabilizava pelo pagamento integral do empréstimo contraído. Eles, porém, não honravam os pagamentos. 

Na segunda situação, os criminosos ofereciam às vítimas, já com empréstimos em andamento, uma redução nas parcelas por meio de compra da dívida, refinanciamento ou portabilidade, prometendo um ganho de 10% sobre o saldo devedor.  

Com as informações, os bandidos realizavam um novo empréstimo. Quando o valor era creditado, a vítima, surpresa com o valor superior ao combinado, devolvia o excedente à empresa dos criminosos que embolsavam o valor contratado, deixando a vítima mais endividada.  

Com os ganhos, a organização se fortalecia e crescia cada vez mais, constituindo novas empresas para a prática de novos crimes. Eles chegavam a ameaçar as vítimas, para que não denunciassem os casos. 

 

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