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Saúde

Crivella diz que não há indicação para aumentar restrições no Rio

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/03/2020 - 12:14
Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, apresenta medidas e resultados do Gabinete de Crise montado para lidar com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella, disse neste domingo (29) que não há qualquer indicação até o momento de se fazer lockdown (paralisação de todas as atividades não essenciais) na capital fluminense para evitar a propagação do novo coronavírus (covid-19). A prefeitura determinou o fechamento de escolas e do comércio, mas permitiu que os setores da indústria e de serviços continuem em atividade.

“Se a gente para todo mundo e daqui a pouco libera todo mundo para ir para a rua, o que vai acontecer com a curva de infectados? Ela vai se dar no inverno, no momento pior das estações do ano em que já temos uma série de outros problemas, na época do frio, em que há mais problemas respiratórios”, disse Crivella, em uma entrevista por videoconferência virtual.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio registrou, até esse sábado (28), 558 casos confirmados e 13 mortes pelo novo coronavírus. O município do Rio é o mais infectado pela doença. Do total de 558 casos no estado, a cidade do Rio concentra 489.

Bancos

Nesse sábado, a prefeitura do Rio proibiu o atendimento presencial de idosos em agências bancárias da rede privada. Os clientes terão que mostrar um documento de identidade para comprovar que não têm 60 anos ou mais.

Em bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e em lotéricas, clientes de todas as idades podem continuar sendo atendidos na boca do caixa para pagamento e recebimento de benefícios e serviços essenciais.

Segundo Crivella, essas mudanças não precisam de autorização do Banco Central. “Estamos preocupados é que as pessoas se aglomerem nas agências bancárias ou nas lotéricas”, disse o prefeito, pedindo que as pessoas priorizem as operações via internet.

Idosos em comunidades

O prefeito destacou que a maior preocupação no momento é com os idosos em comunidades pobres, sobretudo os que têm comorbidades. Os idosos são grupo de risco para a covid-19.

Ele disse que apenas um idoso até o momento decidiu morar temporariamente em hotéis pagos pela prefeitura. Na quinta-feira (26), a prefeitura começou o processo de convite aos idosos que moram em locais com muita aglomeração para a hospedagem temporária. As visitas começaram na manhã desta quinta-feira na comunidade da Rocinha.

Três hotéis já estão disponíveis para receber os idosos. Serão hospedadas inicialmente 300 pessoas nessas unidades, localizadas na Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, na zona oeste; e na Gamboa, na zona portuária da cidade. A prefeitura informou que está em contato com outros hotéis para chegar ao total de dez estabelecimentos e abrigar mil idosos.