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Brasil reduz pela metade número de pessoas que passam fome, diz FAO

A informação está no relatório O Estado da Segurança Alimentar e

Publicado em 16/09/2014 - 13:05 Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 17/09/2014 - 11:02

Agricultura familiar

Agricultura familiarAntonio Cruz/Agência Brasil

O relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: Um retrato multidimensional, divulgado hoje (16) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que o Brasil cumpriu tanto a meta de diminuir pela metade a proporção de pessoas que sofrem com a fome – um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de 2000  - quanto a meta de diminuir pela metade o número absoluto de pessoas com fome, estipulada na Cúpula Mundial sobre Alimentação, em 1996. Segundo a organização, no período 1990-1992, 14,8% dos brasileiros passavam fome. Para o período de 2012-2014, o índice brasileiro caiu para 1,7%, equivalente a 3,4 milhões de pessoas que ainda não comem o suficiente diariamente. De acordo com o relatório, essa estatística coloca o país como um dos que superaram o problema da fome.

Para ter uma vida ativa e saudável, a recomendação das Nações Unidas é que a pessoa, acima de 12 anos, coma pelo menos 2.200 calorias por dia.

A diretora-geral assistente da FAO para a América Latina e Caribe, Eve Crowley, lança o estudo O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo , da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Eve Crowley lança estudo O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo       Elza Fiuza/Agência Brasil

Para a representante regional adjunta da FAO para a América Latina e Caribe, Eve Crowley, a implementação de um conjunto de políticas públicas de forma articulada e integrada e de marcos legais e institucionais permitiu os avanços do país na superação da fome. “Nos últimos anos, o tema da segurança alimentar foi posto no centro da agenda política do Brasil”.  

Na avaliação da consultora da FAO, Anne Kepple, o Brasil se destaca como exemplo devido a uma série de políticas públicas articuladas, como o Programa Bolsa Família, a geração de empregos formais, o fortalecimento da agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Segundo a representante da FAO, ainda há bolsões de pobreza nas regiões Norte e Nordeste. Incluir comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas nas políticas sociais também é desafio para o Brasil, acrescentou. “Garantir a proteção das populações mais vulneráveis e continuar as políticas que já existem de crescimento econômico e inclusão social devem ser a prioridade na próxima década. Podemos estar na última geração que conhece a fome no Brasil. Com a continuidade das políticas, é possível que, nos próximos anos, haja a erradicação completa”.

O estudo de caso sobre o Brasil faz parte do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (Sofi 2014 na sigla em inglês), divulgado hoje, em Roma, na Itália. Cerca de 805 milhões de pessoas no mundo, o que representa uma em cada nove, ainda sofrem de fome crônica no mundo, segundo o estudo.

 

*Texto e título alterados às 11h02 do dia 17 de setembro de 2014 para ajuste de informação

Edição: Marcos Chagas

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