Com baixa adesão, Roraima e São Paulo prorrogam vacinação contra gripe

Publicado em 05/06/2015 - 11:29 Por Aline Leal – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Apesar de formalmente o Ministério da Saúde encerrar hoje (5) a campanha de vacinação contra a gripe, pelo menos dois estados – Roraima e São Paulo – prorrogaram a imunização.

O prazo foi estendido porque Roraima e São Paulo, assim como a maioria dos estados, não atingiram a meta de imunizar 80% das pessoas incluídas nos grupos prioritários.

O Distrito Federal (DF) ultrapassou a meta e vacinou 89% do público-alvo. O DF, como ainda tem vacinas no estoque, vai continuar imunizando quem está no grupo prioritário e ainda não recebeu a dose.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo orienta os municípios paulistas a prorrogar a campanha até a próxima sexta-feira (12). O mais recente balanço da pasta, de quarta-feira (3), indica que os municípios paulistas imunizaram 7.593.485 pessoas. A meta era chegar a 11,8 milhões de pessoas vacinadas.

A secretaria se diz preocupada com o grupo das gestantes. Apenas 258.610 grávidas foram imunizadas, enquanto a meta é chegar a 458.274. De acordo com o órgão, a vacinação das grávidas também imuniza o bebê até os 6 meses de vida.

Em Roraima, a campanha vai até 19 de junho. Os dados da Secretaria de Saúde do estado mostram que, das 146.408 pessoas incluídas no público-alvo, 84.898 foram imunizadas, o que equivale a 57, 99% de vacinação.

No Distrito Federal, o grupo prioritário engloba ao todo 608.882 pessoas, das quais 523.452 foram imunizadas. No entanto, dentro dos grupos prioritários, a meta ainda não foi atingida entre as crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, as gestantes e as mulheres no período de até 45 dias pós-parto. Esses grupos alcançaram, respectivamente, 67,8%, 72,1% e 73,1%. De acordo com a Secretaria de Saúde, as vacinas ficarão disponíveis nos postos até que todas as metas sejam atingidas.

Balanço nacional do Ministério da Saúde indica que, até terça-feira (2), 34 milhões de pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 68,5% do público-alvo. A meta é imunizar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com risco de desenvolver complicações causadas pela doença.

Os grupos prioritários para a imunização são mulheres até 45 dias depois do parto, idosos, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, gestantes, indígenas, presos, trabalhadores do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas. Até o momento, o único grupo que já atingiu a meta é o das mulheres que tiveram filho recentemente, com 88% de cobertura.

Postos de saúde abrem neste sábado para o Dia D da Campanha de Vacinação contra a Gripe (Elza Fiúza/Agência Brasil)

São Paulo e Roraima prorrogam a vacinação contra a gripeElza Fiúza/Agência Brasil

Segundo o balanço, quatro estados atingiram a meta: Amapá (86,8%), Paraná (81,5%), Espírito Santo (80,68%) e Santa Catarina (80,65%). Entre as regiões do país, a maior cobertura de vacinação foi no Sul, com 4,7 milhões de doses administradas, o que representa 79,6% do público-alvo.

O Ministério da Saúde informa que a vacina contra influenza é segura e eficaz na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Segundo a pasta, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Apenas pessoas que tenham alergia severa a ovo, que tenham doença neurológica ativa e que já tiveram alguma reação alérgica anteriormente ao tomar a vacina não poderão ser imunizadas.
 

Edição: José Romildo

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