MTST ocupa prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo

Publicado em 23/09/2015 - 10:53 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

MTST ocupa prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo

Famílias do MTST dentro do Ministério da Fazenda em São PauloDaniel Mello/Agência Brasil

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam na manhã de hoje (23) o prédio do Ministério da Fazenda na capital paulista. Os manifestantes começaram a se concentrar por volta das 9h em frente à Estação da Luz, na região central da cidade. Após uma curta passeata, o grupo interrompeu o trânsito na Avenida Prestes Maia e tomou as escadas e o saguão de entrada do edifício.

A ação está sendo coordenada para ocorrer simultaneamente em outras capitais do país, inclusive em Brasília, onde ocuparam a sede do Ministério da Fazenda, na Esplanada, às 9h. Segundo o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, o ato é um protesto contra os cortes de recursos destinados a programas sociais do governo federal.

“Ocorreram cortes brutais nas áreas sociais, inclusive de moradia, que ameaçam o Programa Minha Casa, Minha Vida para 2016. Por conta disso, o MTST resolveu, hoje, fazer uma jornada contra os cortes. Colocando que, para nós, o ajuste fiscal tem que ser revolvido taxando o andar de cima, não cortando de quem já não tem”, disse durante a manifestação.

Do alto do carro de som, Boulos incentivou os militantes a entrar no edifício e aproveitar o ar-condicionado. No horário, a temperatura medida pelo Centro de Gerenciamento de Emergências era de 28 graus Celsius. De acordo com o coordenador do movimento, os manifestantes devem permanecer ocupando os prédios até que haja alguma interlocução com representantes do ministério.

Ocupações ocorrem simultaneamtente em diversas cidades do país

Ocupações ocorrem simultaneamtente em diversas cidades do paísDaniel Mello/Agência Brasil

Demanda

A principal demanda do movimento é a manutenção do ritmo das obras e contratações do Minha Casa, Minha Vida. De acordo com Boulos, o montante apresentado no orçamento, de R$ 15 bilhões, permite, além da continuidade das obras em andamento, a contratação de menos de 200 mil novas unidades. “A nossa reivindicação mais específica é a garantia de orçamento para o Minha Casa, Minha Vida 3, com prioridade para os empreendimentos de entidades.”

Caso não haja avanços na negociação com o governo, o movimento pretende fazer mais protestos. “Hoje, é a primeira resposta a esse pacote que foi apresentado. Se o governo permanecer na sua posição de corte, com o tacão do ajuste fiscal no lombo dos mais pobres, essa vai ser a primeira de muitas”, disse Boulos.

 

Edição: Talita Cavalcante

Últimas notícias