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SP: pista interditada da Marginal Tietê pode ser reaberta até o dia 11

Concessionária trabalha para evitar aumento de cratera aberta na via
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicada em 02/02/2022 - 15:56
São Paulo
Um acidente nas obras da Linha 6 - Laranja do Metrô provocaram o desabamento de parte da pista da Marginal Tietê, na zona norte da capital paulista, próximo a ponte da Freguesia do Ó
© REUTERS/Carla Carniel /Direitos Reservados

A pista central da Marginal Tietê, que está interditada desde ontem (1º), por causa de acidente em um canteiro de obras do metrô de São Paulo, pode ser reaberta para o tráfego de veículos até o dia 11 deste mês. A informação foi dada hoje (2) pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli.

Segundo Galli, isso vai depender do resultado da obra para conter a erosão da cratera formada na via após o acidente, ocorrido na manhã desta terça-feira nas obras da Linha 6-Laranja do metrô, próximo da ponte da Freguesia do Ó, sentido Rodovia Ayrton Senna.

O secretário disse que, se for necessário colocar estacas como estrutura de contenção, o prazo para liberação da pista será maior. “Em nossa reunião, a concessionária trouxe como uma das soluções para responder e liberar rapidamente a pista central da Marginal Tietê, dois cenários: o primeiro prevê colocação de estacas para contenção da pista da Marginal. Dependendo dessa solução, levaríamos até dia 11 e entregaríamos a pista central para o tráfego normal”, afirmou.

"Dependendo do desempenho, do trabalho que está sendo feito pela concessionária Acciona para tapar a vala que estava aberta, hoje à tarde, eles vão se posicionar e talvez não seja necessário o estaqueamento. Aí teríamos prazo mais rápido para entrega da estrada, da pista central. Em dois ou três dias, no máximo, estaríamos liberando”, acrescentou Galli.

A obra de contenção, que implica o preenchimento da cratera com material rochoso e argamassa, começou nesta madrugada. Os trabalhos consistem em estabilizar a cratera e os deslizamentos e, em seguida, recuperar a tubulação, a erosão e a marginal. Bombas farão o esgotamento do coletor de esgoto.

“As rochas estão sendo colocadas dentro do fosso e serão removidas depois para que se retome normalmente a obra. As obras estão intactas e não há nenhum problema estrutural. [A rocha] foi colocada para tapar e para que a massa está sendo colocada hoje não desça mais, para que a argamassa não desça para o túnel. Tão logo se tenha estabilidade, começará a remoção das rochas”, disse o secretário.

Galli informou que os custos com todo esse trabalho, ainda não conhecidos, serão pagos pela concessionária Acciona, responsável pela obras da Linha 6 do metrô.

Nesta quarta-feira, o diretor do grupo Acciona no Brasil, André de Ângelo, explicou que todas as ações desenvolvidas são para dar estabilidade ao terreno e impedir que a cratera aumente. “Só nesta frente, temos mais de 100 pessoas trabalhando. Temos mais de 30 frentes de serviço: esta é uma obra de 15 estações e 18 postos. E todas as frentes seguem trabalhando no ritmo normal. Não existe interferência.”

De Ângelo afirmou que a obra não parou, nem vai parar. “Tivemos um incidente pontual nesses dois pontos [da Marginal Tietê], e estão sendo tomadas providências para que, da forma mais rápida, voltemos com normalidade também nesses pontos.”

As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas, mas há possibilidade de que o incidente tenha sido causado pelo vazamento de uma adutora — canal para condução de água ou esgoto. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas foi contratado para apurar os fatos e responsabilidades sobre o acidente. Não houve feridos, mas alguns trabalhadores tiveram que ser atendidos porque tiveram contato com água contaminada. O acidente provocou isolamento do perímetro e interdição total das pistas local e central da Marginal.