Trump volta a atacar imprensa após editoriais denunciarem suas ameaças
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar nesta quinta-feira (16) os veículos de imprensa americanos, após mais de 300 jornais publicarem na manhã de hoje editoriais de maneira coordenada nos quais denunciam os ataques e ameaças reiteradas do presidente.
Nestes editoriais, jornais de todo o país defenderam a liberdade de imprensa e advertiram sobre o "perigo" que representa o próprio presidente atacar de maneira repetida a imprensa.
"Não há nada que eu queira mais para o nosso país do que a verdadeira liberdade de imprensa", disse Trump em sua conta no Twitter.
"O fato é que a imprensa é livre para escrever e dizer tudo o que quiser, mas grande parte do que diz são fake news, impulsionando uma agenda política ou simplesmente tentando prejudicar as pessoas", acrescentou o presidente.
Além disso, Trump afirmou que os "veículos de imprensa fake news são o partido da oposição".
Iniciativa coordenada
Mais de 300 jornais publicaram hoje editoriais para denunciar os ataques de Trump à imprensa como um "perigo" para a sociedade americana.
"Chamar a imprensa de 'o inimigo do povo', além de ser contra os valores americanos, é também um perigo para o tecido cívico que compartilhamos durante mais de dois séculos", indicou o editorial do The Boston Globe, jornal que impulsionou a iniciativa.
Por sua vez, o The New York Times fez um apelo aos cidadãos ao afirmar que a imprensa "precisa" deles.
Participaram da ação tanto jornais locais como jornais de grande circulação de cidades grandes, como o The Houston Chronicle, o Minneapolis Star Tribune, o Miami Herald e o Denver Post.