Acordo para evitar calote dos EUA e elevar teto da dívida avança
O Senado dos Estados Unidos deu um passo em direção ao aumento do teto da dívida do governo federal - atualmente em 28,9 trilhões de dólares - nesta quinta-feira (9), quando votou para limitar o debate sobre a primeira de duas medidas necessárias para fazê-lo, enquanto o Departamento do Tesouro pressiona por ação até a semana que vem.
Além dos 48 democratas do Senado, 14 senadores republicanos e dois independentes votaram para avançar com o primeiro dos dois projetos de lei necessários para aumentar a autoridade de empréstimos do Departamento do Tesouro sob um acordo elaborado pelo líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e pelo líder republicano Mitch McConnell.
O Senado votou por 64 a 36 para possibilitar a aprovação da proposta que estabelece um procedimento acelerado de tramitação.
A Câmara pode votar o projeto de lei em si, que define regras aceleradas para aumentar o limite da dívida, já na sexta-feira. Se for aprovada, as duas Casas do Congresso precisarão votar na semana que vem um segundo projeto de lei que, de fato, aumenta o limite da dívida.
O presidente Joe Biden deve sancionar os dois projetos de lei assim que forem aprovados.
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira esta primeira proposta para contornar a regra de "obstrução" do Senado e, em última instância, aumentar a permissão federal para empréstimos por uma maioria simples de votos.
"Estou otimista de que, após a votação de hoje, estaremos num caminho direto para evitar um calote catastrófico", disse Schumer em um discurso ao Senado.
O acordo Schumer-McConnell sobre o teto da dívida acontece apenas dois meses depois de o Congresso concordar com um aumento de curto prazo do teto da dívida, para evitar um calote sem precedentes do governo federal de suas obrigações, o que teria implicações catastróficas para a economia mundial.