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Justiça

PGR cria sistema para acompanhar acordos de delação premiada

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/04/2019 - 16:37
Brasília
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fala durante o seminário Transparência e Combate à Corrupção, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
© Tomaz Silva/Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fala durante o seminário Transparência e Combate à Corrupção, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
© Tomaz Silva/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) criou um sistema para acompanhar os acordos de delação premiada que são realizados pelo Ministério Público Federal (MPF) nas principais investigações que estão em andamento no país. 

Conforme os dados, desde 2014, no início das investigações da Operação Lava Jato, foram recuperados cerca de R$ 1 bilhão que foram desviados dos cofres públicos, sendo R$ 741 milhões referentes a multas pagas pelos desvios e R$ 243 milhões em bens confiscados dos envolvidos. 

De acordo com o levantamento feito pela PGR e divulgado à imprensa, 70% dos investigados que assinaram acordos de delação premiada homologados pelo Supremo são empresários. Do total de 216 delações, somente 2,3% foram feitas por políticos. A maioria dos acordos foi assinada nas investigações da Lava Jato. 

Segundo  a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o Sistema de Monitoramento de Colaborações (Simco)ajudará no controle das medidas estabelecidas nos acordos de colaboração com a Justiça. “Nós temos impulsionado essas medidas, muitas vezes, acionando o relator dos casos no Supremo [Tribunal Federtal], mas, desde o início da gestão, percebemos que era preciso monitorar melhor esses acordos e assim aumentar a segurança jurídica e, efetivamente, nossa atuação", disse Raquel Dodge.